Muiraquitã, certa manhã, chegou sem dar palavra.
O sol se levantou, me aqueceu, peguei viola pra cantar.
No seu afã, de ansiar, uma paixão de água.
Tirou o seu colar, ofereceu….
Pediu Iara pra cantar.
A Curimatã logo percebeu, que era miração de Iara,
quase se perdeu ao se deparar
com a própria imagem.
Muiraquitã, na solidão,
chorou um mar de mágoa
O céu perdeu a cor, silenciou,
nem teve lua pra cantar.
Iara leve eu, Iara leve eu, Iara leve eu, Iara…
[BAIXE AQUI A PARTITURA (PDF) DESSA MÚSICA]
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Em setembro de 2018, estive em Belém do Pará.
Demos uma esticada até a ilha de Marajó e, após cruzar a Baía de Marajó até o povoado de Pesqueiro, vivemos dias de encantamento, cercados de pessoas, paisagens e sonoridades bastante raras. É impossível não trazer com a gente as impressões subjetivas dessas viagens, e cada um faz algo disso. Fiz essa canção.
Esse registro foi feito em janeiro de 2019, nas campanhas da praia da Armação, só que em outra ilha, a do Desterro.
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Violão e voz – Marcelo Portela
Violoncelo – Tácio Vieira
Filmagem e edição – Daniel Choma
Gravação, mixagem e finalização de áudio – Paulo Costa Franco
Produção Audiovisual – Câmara Clara
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